Emily Brontë (1818 -1848) foi educada com grande simplicidade, tendo contato apenas com o pai, um pastor irlandês, e as irmãs, com quem contava histórias para passarem o tempo em seu fim de mundo em Yorkshire. Seus versos demonstram uma mente inquieta e indagadora a explorar as sombrias fronteiras do relacionamento humano com a natureza e a divindade. A severa Investigação de Brontë em torno da opressão de classe e gênero, contada sob a forma de uma história de fantasmas gótica, sugere que não é possível viver para sempre. Talvez o mais notável personagem do romance não seja nenhum dos protagonistas, mas o próprio morro cujo clima tempestuoso está no título.
Dada sua morte prematura aos 30 anos é improvável que tenha adquirido experiência real do amor. Como então pôde destilar beleza tão pura e uma fúria tão louca num romance?