Lewis Carroll nasceu em 7 de janeiro de 1832 na vila inglesa de Daresbury. Seu nome de batismo era Charles Lutwidge Dodgson, mas aos 24 anos passou a assinar seus escritos como Lewis Carroll. De onde veio esse pseudônimo? É a tradução em latim de seus dois primeiros nomes: "Carolus Ludovicus". Uma das tantas brincadeiras (ou enigmas?) lexicais deste autor.
Carroll era filho de um reverendo e tinha dez irmãos. Desde pequeno, já escrevia versos e problemas de lógica para distrair os mais novos. Sempre foi criativo e inventivo, e a literatura parece ter sido um caminho para que conseguisse trilhar uma infância cheia de percalços. Pequeno, desenvolveu uma gagueira - a que chamou de "hesitação". A condição permaneceu com ele durante toda a idade adulta e acabou por fazer parte do seu mito pessoal, incluindo a afirmação sem provas de que gaguejava apenas em torno dos adultos, mas falava sem problemas com as crianças. Uma febre durante a infância também o deixou surdo de um ouvido, e um surto de coqueluche aos 17 anos enfraqueceu o seu pulmão para o resto da vida. Mas tudo isso não o impediu de se tornar um dos mais importantes escritores de todos os tempos.
Em 1850, Carroll foi admitido na Christ Church, uma das maiores faculdades da Universidade de Oxford e, formado, começou a dar aulas de matemática na própria faculdade. Em 1856, justamente o ano em que adotou seu pseudônimo, fez amizade com Henry Liddell, também professor. O vínculo se estenderia para toda a família de Liddell, e o autor criou o hábito de contar histórias para as três filhas do amigo: Lorina, Edith e Alice. Em 1864, Carroll presenteou Alice com um manuscrito ilustrado intitulado "As aventuras de Alice no Subterrâneo". Em 1865, o livro foi publicado como "Alice no País das Maravilhas".
Lewis Carroll tem uma extensa obra e sua linguagem é cheia de artifícios, analogias, aliterações e neologismos.
Nunca se casou nem teve filhos. Poucos dias depois de completar 66 anos, em 14 de janeiro de 1898, faleceu devido a uma grave pneumonia.
